O que pode ser uma dor no estômago?

Dor no estômago: o que pode ser?
A dor no estômago pode ser um desconforto momentâneo ou persistir por diversos dias e meses. Esse incômodo pode parecer bobo, a princípio, mas pode se tratar de indícios de que há algo mais grave em seu corpo.
Em outubro de 2018, a Federação Brasileira de Gastroenterologia divulgou um estudo inédito revelando que quase metade dos brasileiros experimentam sintomas de má digestão, como refluxo, azia e tosse seca. A azia foi o sintoma mais comum em todo o país, com o Nordeste liderando em relatos, totalizando 48% das queixas, aponta a matéria publicada pela Associação de Gastroenterologia do Rio de Janeiro.
Os resultados do levantamento não apenas identificaram os sintomas, mas também destacaram o impacto desses problemas na vida cotidiana. Cerca de 93% dos participantes relataram prejuízos na vida pessoal e profissional, incluindo comprometimento da qualidade do sono e sintomas durante o horário de trabalho.
Embora a azia seja amplamente relatada, o refluxo, que causa desconforto quando o conteúdo estomacal volta para o esôfago, foi identificado como o problema mais incômodo, afetando cerca de metade dos entrevistados de forma semanal.
Dor no estômago: quais os tipos que existem?
Uma dor no estômago pode ser causada por uma variedade de condições, que vão desde problemas digestivos comuns até condições médicas mais sérias. Algumas das causas mais comuns incluem:
- Indigestão: esta é uma das causas mais comuns de dor no estômago e pode ser causada por comer em excesso, comer alimentos gordurosos ou picantes, ou consumir alimentos que não são bem tolerados pelo sistema digestivo;
- Refluxo ácido: o refluxo gastroesofágico (DRGE) ocorre quando o ácido do estômago volta para o esôfago, causando uma sensação de queimação no peito e dor no estômago;
- Úlceras pépticas: úlceras no estômago ou no intestino delgado podem causar dor abdominal intensa, muitas vezes sentida como uma queimação;
- Gastrite: inflamação do revestimento do estômago, muitas vezes causada por infecção bacteriana (como H. pylori), uso excessivo de álcool, anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) ou estresse;
- Gases e distensão abdominal: a acumulação de gases no trato gastrointestinal pode causar desconforto abdominal e dor;
- Infecções gastrointestinais: infecções virais, bacterianas ou parasitárias podem causar dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia;
- Pedras na vesícula: quando as pedras na vesícula biliar bloqueiam o ducto biliar, pode ocorrer dor abdominal intensa, especialmente após uma refeição rica em gordura;
- Pancreatite: inflamação do pâncreas, que pode ser aguda ou crônica, causando dor abdominal intensa.
Dor no estômago: quando se preocupar?
É crucial estar atento aos sinais que o corpo nos dá, especialmente quando se trata de dor no estômago. Se essa dor persistir por um período prolongado, se tornar intensa a ponto de interferir em suas atividades diárias ou se estiver acompanhada de outros sintomas graves, como febre alta, sangue nas fezes, vômito persistente ou dificuldade para respirar, é essencial procurar ajuda médica imediatamente.
Além disso, se a dor abdominal se tornar localizada em uma área específica do abdômen ou se irradiar para outras partes do corpo, pode ser um indicativo de um problema mais sério. Mudanças repentinas nos hábitos intestinais, como diarreia persistente e constipação severa também exigem atenção médica.
Pessoas com histórico médico de condições gastrointestinais pré-existentes, bem como aqueles com fatores de risco conhecidos, devem estar atentos a qualquer sintoma abdominal e discuti-los com um profissional de saúde.
Busque orientação médica para receber o diagnóstico correto e o tratamento adequado o mais rápido possível, pois isso pode ajudar a evitar complicações graves.
Dor no estômago: ações que podem ajudar
Quando lidamos com dor no estômago, algumas medidas simples podem proporcionar alívio e melhora no bem-estar. Se manter hidratado é fundamental, sendo assim, é importante beber bastante água para auxiliar na digestão e evitar desidratação.
Além disso, adotar uma alimentação leve e saudável é essencial. Opte por refeições balanceadas, compostas por alimentos ricos em fibras, frutas, vegetais e proteínas magras. Evite alimentos gordurosos, picantes ou muito condimentados, pois podem desencadear ou piorar a dor estomacal.
Dividir as refeições em porções menores e mais frequentes ao longo do dia também pode ajudar, facilitando a digestão e evitando sobrecarregar o estômago. Evite se deitar imediatamente após comer, esperando – ao menos – o tempo de duas horas, ou, se incline levemente para trás para ajudar na digestão e reduzir o refluxo ácido, se não for possível a espera.
Por fim, se a dor no estômago persistir ou piorar, é essencial consultar um médico para avaliação e diagnóstico adequados. Lembre-se sempre de cuidar bem de si e buscar ajuda quando necessário para manter a saúde em dia.
Dor no estômago: procure ajuda médica especializada
Na Clínica Médica de Endoscopia realizamos consultas, exames e procedimentos adequados à realidade de cada paciente. Portanto, caso apresente quaisquer sintomas mencionados nesse texto, entre em contato conosco.
